PL 152/2025: Guia Completo sobre a Nova Regulamentação para Motoristas de Aplicativo no Brasil

PL 152/2025: Guia Completo sobre a Nova Regulamentação para Motoristas de Aplicativo no Brasil

Descubra o que muda com o PL 152/2025 e como ele impacta motoristas de aplicativo. Entenda seus direitos, deveres e como se preparar para a nova lei.

Se você é motorista de aplicativo ou pensa em começar nessa área, já deve ter ouvido falar do PL 152/2025, o novo projeto de lei que promete mudar a forma como o transporte por aplicativo funciona no Brasil.
Essa proposta pode transformar profundamente a relação entre plataformas, motoristas e passageiros — e vale a pena entender o que está em jogo.

Neste guia completo, você vai entender o que o PL 152/2025 propõe, quais mudanças ele traz, seus impactos no trabalho de motorista e como se preparar para as novas regras — tudo de forma clara e prática.


Contexto e motivação do PL 152/2025

Hoje, o transporte por aplicativo opera num verdadeiro vazio jurídico. Motoristas trabalham como autônomos, mas sem regras específicas que determinem direitos e deveres entre eles e as plataformas.

O PLP 152/2025, de autoria do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), busca preencher essas lacunas, criando uma legislação nacional para regular tanto o transporte individual (Uber, 99) quanto as entregas (iFood, Rappi).

O texto está em análise na Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), e deve ser apresentado até o final de 2025.

Importante destacar: o projeto não cria vínculo empregatício pela CLT. O motorista será definido como “trabalhador autônomo plataformizado”, com alguns direitos específicos, mas sem registro formal como empregado.

Descubra o que muda com o PL 152/2025 e como ele impacta motoristas de aplicativo. Entenda seus direitos, deveres e como se preparar para a nova lei.

Principais mudanças previstas no PL 152/2025

1. Contrato formal e transparência

As plataformas deverão oferecer contrato escrito com regras claras sobre taxas, repasses, avaliações e algoritmos.
Nada mais de “aceitar termos” sem ler: haverá documento físico ou digital, garantindo segurança jurídica para ambas as partes.

2. Limite de taxas e proteção das gorjetas

O texto define teto de 30% para taxas sobre o valor das corridas e exige repasse integral das gorjetas aos motoristas.
Nos serviços de entrega, o valor pago pelo usuário deverá ser 100% repassado ao entregador.

3. Divisão entre remuneração e custos operacionais

O valor recebido será dividido em duas partes:

  • Remuneração (base para contribuição previdenciária);
  • Indenização de custos (combustível, manutenção, celular, etc.).

Proporções:

  • Motoristas de carro → 25% remuneração / 75% custos
  • Motociclistas → 35% / 65%
  • Entregadores → 50% / 50%

4. Fim de cláusulas abusivas

Ficam proibidas cláusulas de exclusividade, controle de jornada ou punições por recusa de corridas.
Motoristas terão direito de desconexão sem penalização injusta.

5. Responsabilidade e segurança

As plataformas passam a ter responsabilidade objetiva sobre a prestação do serviço.
Usuários verão antes da corrida informações como nome, placa, nota e número de viagens do motorista.

6. Cadastro e regularização

Motoristas deverão ter cadastro formal, respeitando a LGPD.
Será exigida certidão negativa e veículo regularizado segundo o Código de Trânsito.


Impactos esperados para motoristas de aplicativo

✅ Maior segurança jurídica

Mais previsibilidade e possibilidade de contestar taxas abusivas ou punições arbitrárias.

💰 Transparência na remuneração

Com a divisão entre remuneração e custos, será mais fácil entender quanto realmente se ganha.

🕒 Mais liberdade de trabalho

Fim da exclusividade: o motorista poderá atuar em mais de um aplicativo.

⚙️ Custos e adaptação

Regularização e manutenção podem gerar custos iniciais, mas com estabilidade a longo prazo.

📉 Renda temporariamente menor

Durante o período de adaptação, o lucro líquido pode cair, mas tende a se equilibrar com o tempo.


Como se preparar para o PL 152/2025

  • Organize documentos e certidões;
  • Mantenha o veículo em dia;
  • Registre gastos e receitas;
  • Revise contratos e termos atuais;
  • Atue em múltiplas plataformas;
  • Participe de debates e audiências públicas;
  • Mantenha-se informado junto a sindicatos e associações.

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Desafios e pontos de atenção

  • Critérios de recusa de corrida ainda indefinidos;
  • Fiscalização limitada;
  • Lobby das plataformas;
  • Diferenças regionais;
  • Questões tributárias em debate.

Exemplos práticos

Exemplo 1 – Corrida de R$ 40 (motorista de carro):
Plataforma retém até R$ 12 (30%), motorista recebe R$ 28 → R$ 7 remuneração / R$ 21 custos.

Exemplo 2 – Entregador (pedido de R$ 20):
Valor total repassado → R$ 10 remuneração / R$ 10 custos.


Acompanhamento do projeto

Acompanhe o andamento do PL 152/2025 no site da Câmara dos Deputados.
Participe de audiências públicas e envie sugestões por meio de parlamentares.
Associações e cooperativas de motoristas também estão mobilizadas para defender melhorias no texto final.


Perspectivas futuras

Mesmo após aprovação, o projeto poderá receber emendas e regulamentações locais.
Há discussões sobre incentivos fiscais e isenções tributárias para categorias específicas, o que pode beneficiar motoristas de baixa renda.


Resumo rápido das obrigações previstas

  • Contrato formal com a plataforma;
  • Cadastro e regularização conforme LGPD;
  • Veículo documentado e em boas condições;
  • Divisão entre remuneração e custos;
  • Repasse integral das gorjetas;
  • Direito de recusa e desconexão;
  • Fiscalização da taxa máxima de 30%;
  • Registro financeiro próprio.

Conclusão

O PL 152/2025 é um marco para o setor de aplicativos no Brasil.
Ele busca equilíbrio entre direitos e deveres, oferecendo transparência, segurança e justiça nas relações entre motoristas e plataformas.

Mas o sucesso dependerá da mobilização dos próprios motoristas — organize-se, informe-se e participe do debate. Seu envolvimento pode definir o futuro da categoria.


Perguntas frequentes (FAQ)

O PL 152/2025 já foi aprovado?
Ainda não. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

O motorista será empregado?
Não. Ele continuará autônomo, apenas com direitos regulamentados.

A taxa da plataforma pode passar de 30%?
Não. O teto é de 30%, e as gorjetas devem ser repassadas integralmente.

Como ficam as contribuições previdenciárias?
Elas incidem apenas sobre a parte tratada como remuneração.

As regras valem para todos os apps?
Sim, mas com percentuais diferentes conforme o tipo de atividade.

ag.socialpost

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